quinta-feira, 31 de março de 2011

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Aprenda a pensar com exatidão com Napoleon Hill

Napoleon Hill é um gênio e suas ideias sobre o “pensar com exatidão” estão influenciando muito a minha forma de raciocinar e a maneira como lido com as ideias e informações que chegam até mim diariamente. Ter conhecido Napoleon Hill e suas obras, especialmente A Lei do Triunfo, fizeram toda diferença em minha vida. Gostaria agora de falar um pouco sobre o ‘pensar com exatidão’, pois penso que pode lhe ser útil.

Napoleon Hill - 26 de outubro de 1883 - 8 de novembro de 1970

O primeiro ponto no qual eu gostaria de tocar diz respeito ao fato de que não pensar de forma exata e livre de preconceitos é uma das causas principais dos grandes problemas que observamos diariamente. A verdade é que a grande maioria das pessoas não se dá ao trabalho de pensar sobre as informações que recebem todos os dias e tendem a acreditar em tudo o que lhes é dito.

Isso constitui um erro grave, constitui um desperdício de uma das nossas capacidades mais poderosas como seres humanos: a capacidade de tomar o controle da nossa própria mente e dirigir os nossos pensamentos apenas para os assuntos, fatos e informações que, de alguma forma, nos farão evoluir e alcançar o nosso objetivo principal. Não pensar com exatidão constitui um desrespeito a essa capacidade incrível que possuímos.

Você já observou que algumas pessoas caluniam e maldizem outras pessoas quase por esporte? É possível ver cenas assim quase diariamente, seja no ambiente de trabalho, em uma reunião de amigos, numa viagem de ônibus e em muitas outras situações e contextos. Caluniar alguém seria um problema menor se as pessoas fossem capazes de pensar com exatidão e entender que aquilo o que ouvem de ruim sobre alguém é absolutamente tendencioso e não deve, sob nenhuma hipótese, ser tomado como uma verdade absoluta antes de ser rigorosamente analisado.

Pensando com exatidão

Segundo Napoleon Hill para pensar com exatidão você deve abster-se de racionar indutivamente, ou seja, deve abster-se de raciocinar com base em informações que não constituem fatos e são apenas hipóteses. Raciocinar indutivamente o fará raciocinar tomando como base o pré-conceito e a ignorância e, por sua vez, o fará chegar a conclusões sem utilidade real para o alcance dos seus objetivos. Se algum pensamento ou análise mais profunda não está baseando-se em fatos comprovadamente verídicos então o esforço para concluir algo não será válido e você deve abandonar esse raciocínio infrutífero o mais rápido possível.

Raciocinar dedutivamente, por outro lado, é um caminho mais seguro e prolífico. Raciocine apenas com base em fatos comprovadamente verdadeiros, que possuam importância real e lhes sejam úteis alguma forma. Se algo verdadeiro não o ajuda a alcançar os seus objetivos você não deve perder tempo com ele. A vida está cheia de fatos que são verdadeiros mas que não possuem valor prático para você. Nesse caso o seu objetivo deve ser remover os fatos sem importância do seu processo de raciocínio. De posse dos fatos que são verdadeiros e relevantes você poderá começar a pensar com exatidão. Isso pode parecer fácil, mas constitui um grande desafio, especialmente se questões emocionais estiverem envolvidas de alguma forma.

Napoleon Hill sugere que você escreva em um papel os fatos verdadeiros e os separe em duas colunas: a dos fatos importantes e a dos fatos sem importância. Após fazer isso eu sugiro que você recorte a coluna que contém os fatos sem importância e a jogue fora, ficando apenas com a coluna que contém os fatos importantes. A partir desse momento será muito mais fácil e seguro para você raciocinar e chegar a uma conclusão na qual você poderá confiar.

Sobre as “verdades” que os outros contam

Alerte-se desde já para o fato de que qualquer informação que chegue até você deve ser cuidadosamente analisada. Não permita que outras pessoas pensem por você e não delegue para terceiros a sua obrigação de tomar posse da sua própria mente. Isso constitui um grande obstáculo para a sua evolução.

Uma das ideias mais interessantes de Napoleon Hill sobre o ‘pensar com exatidão’ diz que qualquer mentira ou verdade, não importando por quais meios foram transmitidas, carregam consigo uma forma silenciosa, invisível e quase mágica de se identificarem como tal. Todos nós, em algum momento, já não ouvimos uma afirmação e conseguimos identificá-la como uma verdade ou uma mentira de forma quase instantânea?

Tenha sempre em mente essa incrível possibilidade e comece a desenvolver e aprimorar a faculdade intuitiva que irá lhe permitir sentir o que é falso e o que é verdadeiro. Desenvolver uma intuição aguçada é uma ferramenta incrível para o seu desenvolvimento.

Para concluir eu gostaria de usar mais um valioso ensinamento do mestre Napoleon Hill: lembre-se sempre de lidar com um fato da maneira como ele é, não da maneira como você gostaria que ele fosse. Esse ensinamento por si só poderá vir a tornar-se um novo artigo neste blog.

Eu espero sinceramente que essas palavras tenham algum efeito positivo em você e que sejam capazes de ajudá-lo a tornar-se alguém ainda melhor do que você é atualmente. Pensar com exatidão é ponto de partida para todas as realizações bem sucedidas. Não deixe de assistir o vídeo abaixo e aprender muitas outras coisas sobre o ‘pensar com exatidão’.

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A arte de viajar sem sair do lugar.

Por: Raquel Carvalho.

Um livro pode ter em si poderes mágicos. Quando ele é realmente bom, nos encanta e não conseguimos mais soltá-lo, até que ele acabe e fique aquele gostinho de quero mais dessa história. Um livro que li assim esse ano foi “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz. É uma daquelas histórias de amores impossíveis, onde a mocinha pode até morrer de amores no final, mas mesmo assim nos envolvemos, e acreditamos em tudo, conhecemos a personagem, entramos em sua casa, sentamos em seu sofá e assistimos sua vida com grande excitação, sem poder tocá-la nem aconselhá-la.

E choramos, e sofremos, e nos angustiamos. E ficará gravado em nossa memória para sempre a forte marca da vida daquela pessoa que surgiu de folhas e folhas de papel, da mente brilhante de um artista que a gerou. E é impossível convencer o leitor apaixonado de que aquela personagem nunca existiu de fato. Já não será possível viver sem o arrependimento de Raskolnikov (Crime e Castigo – Fiodor Dostoievski); sem o ardor de Luísa, sem a malandragem de Basílio (O Primo Basílio – Eça de Queiroz); sem os devaneios de Ema Bovary (Madame Bovary – Gustave Flaubert) … sem o mistério de Capitu, sem o amor puro de Bentinho que se tornou a neurose do senhor Casmurro (Dom Casmurro – Machado de Assis); sem o visionário Policarpo Quaresma (Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto) ou sem a corajosa Laila (A Cidade do Sol – Khaled Hosseini)!

Todos eles mudaram as vidas de nós, seus leitores, ávidos pelo desfecho dessas histórias maravilhosas que nos conduziram a outros mundos, outros tempos, outras culturas, outras realidades. Nunca seremos os mesmos ao final de um bom livro. Nunca nos repetiremos após uma leitura enriquecedora. Um livro é como uma viagem que nos aprimora culturalmente, a diferença é que o primeiro custa muito menos e nos enriquece para muito além de nossa cultura, ele trabalha nossa alma, nos amadurece e nos fortalece em nossas convicções, ao mesmo tempo em que nos abre a mente pra outras tantas convicções possíveis!